terça-feira, 24 de novembro de 2009

um dia o mar levou o meu castelo.

um dia fiz um castelo lindo e onipotente na margem do oceano, mais veio a onda e levou grão por grão de terra. uma tristeza só.
durante muito tempo pensei que o problema teria sido a base que não fiz, mas algum tempo depois, longo tempo por sinal, lembrar que o problema não foi a base e sim o meu idealismo.
como fui tolo de querer colher rosas vermelhas em épocas de rosas brancas, tudo que poderia encontrar nos ramos das roseiras vermelhas era espinhos. o mais tolo de tudo isso é que confundi meu sangue com pétalas de rosas vermelhas. dizem que o amor é seco, mais no meu caso o meu idealismo foi cego e doentio.
cada gota que chorei pelo meu castelo levado ao chão me fizeram fraco, muito fraco. mas fraqueza é coisa que repudio em um ser humano, chego a tê nojo. foi isso que me fez sofre o nojo de minha própria carne, de meus pensamentos e tudo que me pertencia. não era digno nem da morte, pois morte é prêmio para vida.
precisava voltar e ser digno nem que seja de piedade por ter tentado e não por ter idealizado o que nunca existira. confesso que levantar da lama eu não consegui, mas me acostumei a ela ou até virei parte dela.
mais as rosas não me enganam mais, pois aprendi com Nietzsche que "o que não me leva a morte torna-me mais forte". se a rosa e seu espinhos aparecem juro que quebraria um por um e que hoje sou meu próprio castelo.
para a rosa o que tenho de dizer é que agradeço por tudo que me fez, hoje sou o que sou graças a rosa.

queria te dizer algo rosinha...

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